quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Câncer Reynaldo Gianecchini - Erro médico?


Me chamou a atenção o fato dele ter sido operado no início de junho de uma Hérnia Ingual e no começo de Agosto ter sido internado com Câncer tipo Linfoma não-Hodgkin.

Provavelmente ele já estava com câncer quando foi operado em junho, porém deveria estar assintomático e não deve ter aparecido ou sido observado anormalidades nos exames pré-operatórios.

Um fator importante que não sei se já estava presente quando da operação em junho é o emagrecimento acentuado, presente na maioria dos casos em que o câncer se manifesta. Vi numa reportagem que ele apresentou emagrecimento, mas não sei se foi antes da cirurgia ou depois.

Fatores como este que podem ter passado despercebido por ele ser uma pessoa jovem, com bastante saúde e que pode ter-se atribuído ao estresse devido a estréia da peça de teatro. E também ao próprio quadro infeccioso da Hérnia, que pode ter mascarado outros sintomas.

O fato é que uma cirurgia em um paciente que tem câncer, sem total consciência dos fatores que ficaram mascarados, pode  prejudicar muito o prognóstico, pois o  câncer pode acabar se espalhando para outros linfonodos e fica mais difícil o controle da doença.

É muito importante que as avaliações cirúrgicas sempre sejam feitas por uma equipe multi-disciplinar para que não sejam descartadas hipóteses consideradas pouco relevantes, mas que podem na realidade esconder problemas de alto-risco.

Não podemos afirmar sem dados se houve ou não erro médico. Mesmo nos melhores hospitais estamos sujeitos a erros ou fatores que podem escapar das avaliações médicas por uma fatalidade e no final quem nos guarda mesmo é Deus.

De qualquer forma, o que passou, passou.  O importante é que ele é uma pessoa jovem, guerreira, tem uma boa assistência e com certeza irá superar com sucesso mais este desafio em sua vida.

7 comentários:

  1. Com certeza Felipe!!! Mais uma luta que se inicia!! Mas ainda bem que á ele não irá faltar recursos financeiros ou sociais!!
    E vc como está meu amigo??
    Beijos!!

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  2. Boa noite, Felipe!

    Caí no seu blog por acaso, ao realizar uma busca sobre o linfoma do Gianecchini, pois também fiquei com aquela impressão de que teria havido erro médico. Andei pesquisando muito sobre linfomas nos últimos meses e reconheci nele vários dos sintomas - inclusive a tal "reação alérgica ao antibiótico", pois as coceiras são comuns em quem tem linfoma.

    Bom, senti uma necessidade absurda de te escrever algo, mesmo não te conhecendo. Talvez alguém lá em cima queira te passar um recado pelo qual vc está esperando... não sei.

    Em janeiro apareceu no meu pescoço um nódulo. Apreensiva, procurei uma médica: não sentiu nada. Mas eu sentia. Em março, nada do nódulo ir embora, fiz exames de sangue, tudo ok. Em junho, já comecei a entrar em pânico: procurei uma médica que me apavorou mais ainda, me encaminhando para um cirurgião de cabeça e pescoço. Eu marcava e sempre dava errado. Quando foi agora, com a notícia do linfoma do ator, me apavorei de vez e marquei novamente uma consulta com um bom médico.

    A consulta foi ontem. No começo da tarde, apalpando o pescoço, localizei um outro nódulo ainda maior, enorme, e que pulsava (?). Eu tenho 32 anos, dois filhinhos pequenos, o mais novo ainda usa fraldas. Não moro em SP, já me peguei pensando que teria que ficar longe dos meus filhos, logo eu, que sou tão grudada neles, faço o estilo mãezona mesmo - não os deixo em casa por nada, nem para sair sozinha com o marido, eles estão sempre comigo, enfim...

    (cont)

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  3. Eu me apavorei e chorei tanto, mas tanto, que ainda agora estou com dor de cabeça. E durante toda a crise de choro, uma voz me dizia lá no fundo - e aprendi com o passar dos anos que essa voz é do meu anjo da guarda, guia espiritual ou como queira chamar. E ele me dizia "Não é o que vc está pensando. É reativo, não é câncer. É reativo. Você não tem que passar por isso, não está programado que vc tenha que passar por isso, não se preocupe".

    Claro que eu não dei bola para as palavras dele e chorava ainda mais, achando que ele estava me passando aquela sensação de otimismo só para me enganar!

    Resumindo: na consulta, o médico apalpou o 1o nódulo e foi logo dizendo "é um gânglio reativo, uma reação a alguma infecção". Descartou a necessidade de biópsia e tudo. O 2o nódulo... não era nódulo, era um tal de bulbo de alguma coisa.

    Mas o que ficou registrado no meu coração foram as "palavras" que me foram passadas pelo pensamento: não está programado que vc tenha que passar por isso.

    O que eu entendi? Que apenas passa por toda essa situação de enfrentar um câncer quem precisa passar. Acredito na espiritualidade e acredito em Deus, então isso me tocou profundamente. É confortante saber que cada um recebe as provas que precisa enfrentar - para uns será uma doença, para outros uma deficiência, para outra parte será a pobreza, e por aí vai. Porque tudo isso nos melhora como seres humanos, tudo isso impulsiona o nosso crescimento, a nossa evolução. E sabemos que nossa vida não é aqui, não é verdade? Nossa vida aqui é apenas um sopro, um reflexo breve em um espelho d'água. Nós nascemos ontem e já estamos na meia idade. Eu me lembro da minha mãe com a minha idade, e hoje ela é uma senhora. A vida é breve demais, para todos nós - até para aqueles que vivem 100 anos. E assim o é porque tem que ser. Porque nossa vida não é aqui, é lá. Aqui é o nosso campo de provas, é a nossa auto-escola, a nossa faculdade. Ninguém fica na faculdade por 50 anos. São apenas 5 anos. Se não aprendermos nada, então voltamos e fazemos outro curso, por mais 5 anos, na tentativa de acertar. Assim é a vida.

    Saiba então, Felipe, que tudo isso que vc enfrenta hoje é uma trilha necessária. Não conseguimos compreender hoje os desígnios de Deus, mas um dia compreenderemos e louvaremos a Sua sabedoria. "Agora vejo em parte, mas então veremos face a face". Mantenha a sua fé, a sua confiança, sempre com a certeza de que está acumulando moedas, notas, diamantes, safiras e esmeraldas que lhe garantirão um enorme e gordo tesouro espiritual. E a única razão para que estejamos todos nós aqui, na Terra, hoje, é esse: para acumular tesouros espirituais que nos garantam subir mais alguns degraus "lá em cima".

    Receba o meu forte abraço. Que Deus o proteja e, em Sua infinita misericórdia, propicie a sua cura, para que você possa mostrar a todos que te cercam o quanto Deus é bom e misericordioso.

    V.

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  4. Anônimo, Gostei muito do seu comentário. Concordo que cada um tem a sua cruz e que se soubermos carregá-la com sabedoria, podemos ter algum ganho espiritual.
    Um abraço,

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  5. Olá, Felipe

    Parabéns pela garra e coragem de enfrentar a vida!
    Apesar de ser blogueira nessa mesma área, não conhecia ainda o seu blog.

    Gostaria de te tranqüilizar em relação a um possível erro médico no caso do Gianechini, pois linfoma, ao contrário de outros tipos de câncer, não produz metástases. A doença pode sim se proliferar para outras partes do próprio sistema linfático, incluindo alguns órgãos como o baço e o fígado, mas isso não ocorre por exemplo, por uma cirurgia.

    E... Apesar de uma notícia dessa ser sempre indesejável, quando uma pessoa de vida pública é acometida por um câncer, automaticamente a sociedade passa a se informar sobre a doença, seus sintomas, tratamentos e perspectivas de cura. Em relação aos linfomas, que são o 5º tipo de câncer mais diagnosticados no mundo, essa divulgação é muito positiva, pois apesar disso, mais de 80% da população nunca ouviu falar nisso.

    Grande abraço e fé na vida!

    C@rin

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  6. Oi C@rin,

    Obrigado pelos esclarecimentos. Depois vou fazer um post especial, enfatizando suas informações.

    Obrigado,

    Felipe

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  7. Pessoal, quando escrevi este post não tinha muita noção do que significa usar o termo erro médico. Hoje compreendo a complexidade do que é o corpo humano e que a medicina não é uma ciência exata, mas sujeita a toda a sorte de intercorrências inerentes a profissão e aos mistérios do corpo humano e que os médicos que fazem de tudo para salvar vidas não podem ser responsabilizados quando por intercorrências inerentes a profissão e a vida.

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